O desenvolvimentismo - modelo de desenvolvimento
predominante no mundo atual - busca assumir o binômio desenvolvimento
econômico e algum avanço social, dentro dos marcos do Estado burguês. É evidente
que será limitado tal desenvolvimento e este, atrelado aos interesses de classe e a
esta ficará sujeita, embora haja certa dinamicidade no processo de conquista e
manutenção por direitos.
Uma regra nas relações internacionais é
a definida por um diplomata: "Em relações internacionais, não existem
amizades, apenas interesses." É o que os olhos do observador atento
poderão comprovar tanto nas práticas de governos nacionais representados no
filme "A garota da cafeteria", quanto na teórica conceituação do direito
formal em direitos fundamentais.
A jovem questiona os posicionamentos
burocráticos dos países, representando a consciência do economista que a levou
para a reunião de líderes dos países mais ricos do mundo. É tudo aquilo que
gostaria de falar e fica preso às regras de subalternidade a que todo
subordinado deve seguir. O economista economiza palavras e se liberta ao falar
o que já pensara. Quando representantes da Grã Bretanha surpreendem a todos
apresentando uma nova proposta, viu nela a possibilidade de encontrar uma
nova forma de ganhar o apoio em comércio internacional de outros países como os
BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Vale lembrar que tais encontros tanto
do G8, G20, dos BRICS etc, são apenas protocolos de intenções cujos resultados
modelam uma intencionalidade que nem sempre coaduna com as práticas efetivas
de desenvolvimento. Para os chamados estruturalistas, o econômico definirá as
demais resoluções. Embora haja apelo forte da economia em detrimento dos demais
vetores, podemos destacar que existem outros tão importantes quanto, os quais, estão em disputa no jogo das relações internacionais.
É, neste sentido, que um discurso
"mais angustiado" em direitos humanos provoca o questionamento da
prática moral e com isso, exige uma resposta ética dos envolvidos. Destaca-se a
nossa compreensão de ética como reflexão crítica da moral, da prática. É
evidente que existem outras formulações como a que busca responder três
perguntas: Eu quero? Eu devo? Eu posso? Coisas que eu quero não devo e/ou não
posso. Coisas que eu devo não quero e/ou não posso. Coisas que eu posso não
quero e/ou não devo.
Refletir, portanto, é uma atribuição
constante e que por ser dinâmica a sociedade, o próprio conceito de direitos
humanos se amplia, não obstante aos casos de violações as quais a humanidade
está submetida. Sob a égide do sistema capitalista, o dilema da dialeticidade
aparece também para os líderes de países, seja em Fóruns mais voltados à
economia, seja naqueles em que o binômio desenvolvimento econômico e algum
avanço social também se tornaram protocolos de intenções.
Direitos sociais e econômicos se apresentam
como pauta na ordem do dia. Outros, como o direito à cultura, também buscam o
seu espaço como as garantias mínimas de sobrevivência do humano ser que vive em
sociedade. E assim vamos ampliando o conceito de direitos humanos, garantindo a
permanência dos já existentes e agregando novos olhares como nos textos
sugeridos encontramos.
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